Familiares de torcedora fã de D’Alessandro, hospitalizada na Argentina após AVC, criam vaquinha para trazê-la ao RS

Colorada Verani Corso, de 77 anos está internada desde o dia 1º de agosto em Mendoza

Verani Corso, de 77 anos. Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução

O sonho de conhecer a cidade natal do ex-jogador D’Alessandro acabou se tornando um pesadelo para uma torcedora do Inter. Foi o caso da professora aposentada Verani Corso, de 77 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), no início do mês, enquanto visitava Mendoza. Por conta disso, enquanto a idosa permanece hospitalizada no município argentino, parentes criaram uma vaquinha virtual para custear o retorno dela para casa, em Riozinho, no Vale do Paranhana.

As contribuições precisam atingir R$ 133,8 mil, que serão empregados para viabilizar uma UTI móvel. Clique neste link para contribuir.

Conforme familiares, ela viajou para o país vizinho no dia 1º de agosto, com um grupo de idosos, para visitar a cidade em que D’Ale nasceu. No entanto, ainda segundo eles, a idosa sofreu o AVC pouco após chegar na terra do ídolo colorado.

Ramão Corso, um dos filhos dela, relatou que o estado de saúde da mãe é estável. No entanto, ele apontou negligência dos órgãos diplomáticos no que se refere ao translado para o Rio Grande do Sul.

“Por conta do risco que é o transporte terrestre, o hospital acredita que o ideal é a UTI aérea. Mas até agora os governos, estadual e federal, negaram”, declarou Ramão.

Procurado pelo Correio do Povo, o Itamaraty disse em nota que o escritório em Mendoza ‘tem conhecimento do caso e presta a assistência cabível à nacional e a seu filho’. Afirmou também que, ‘por limitações orçamentárias e em respeito às normas legais vigentes, não é possível ao Ministério das Relações Exteriores proceder a repatriações médico-hospitalares’.

D’Alessandro fez um vídeo conclamando seus seguidores nas redes sociais a auxiliar Verani. Ele também ligou para Ramão para saber como ela estava.

Confira nota da Secretaria Estadual de Saúde

“Quando envolve paciente brasileiro, internado no exterior,  que precisar de transferência interhospitalar, as tratativas devem ocorrer através de consulados. Num segundo momento, se constatar a necessidade de leito, o hospital em que a paciente está internada (Argentina) precisa entrar em contato com o hospital brasileiro para verificar a possibilidade deste receber a paciente.

Caso seja disponibilizado o leito, a Central Estadual de Regulação da SES, pode participar dessa intermediação, mediante a oficilialização do pedido através de e-mail e acompanhado da documentação dos órgãos envolvidos nessa liberação. Salientamos que o transporte medicalizado somente pode ser realizado dentro da fronteira do RS. Se a paciente não precisar de hospitalização,  e puder ir pra casa, caracteriza uma tratativa de repatriação e será responsabilidade da família ou município de residência, o que também deverá ser tratado por meio dos consulados”.