Empresários e especialistas debatem planos diretores no Sinduscon-RS

Palestrante foi o arquiteto e urbanista Anthony Ling

Crédito: Divulgação

O grande desafio nos debates que norteiam os processos de revisão de planos diretores das cidades brasileiras envolve mudanças culturais e conceituais. “As discussões, atualmente, ficam concentradas na regulamentação dos espaços privados (adensamento e altura das edificações ou zoneamentos por bairros com regras restritivas de uso), quando deveriam ser focadas no planejamento e gestão de espaços públicos (malha viária, equipamentos urbanos entre outros). Inclui-se neste universo políticas habitacionais”.

A declaração é do arquiteto e urbanista Anthony Ling, em reunião almoço realizada na sede do Sinduscon-RS nesta segunda-feira, 21. Priorizar no planejamento urbano a gestão dos espaços públicos, no entendimento de Ling, é criar ambiente para que a cidade se desenvolva de forma sustentável e lógica, permitindo, ao mesmo tempo, as mudanças/evoluções, que são inevitáveis. “Cidades não possuem estágio final. Cidades são processos”, disse.

Para o arquiteto, os debates em torno de planejamento urbano estão voltados a desejos pessoais o que alimenta “guerras de narrativas “. “Há uma ausência de dados, de evidências para embasar os debates, tornando-os mais objetivos e qualificados”, concluiu.