IGP-10 desacelera para 0,13% em agosto, diz FGV

Em agosto de 2022, o índice havia caído 0,69% no mês e acumulava elevação de 8,82% em 12 meses

A deflação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) continuou a perder força em agosto, caindo 0,13% comparado com julho. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 17, pela Fundação Getúlio Vargas e acumula variação de -5,32% no ano e de -7,37% em 12 meses. Em agosto de 2022, o índice havia caído 0,69% no mês e acumulava elevação de 8,82% em 12 meses. Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, a recuperação do preço da soja, dos bovinos, milho em grão e café contribuiu para a elevação da taxa de variação das matérias-primas brutas, de -2,38% para +0,79%.

Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,20% em igual período, enquanto no mês de julho o índice havia registrado deflação maior, de 1,54%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,97% em julho para -0,95% em agosto. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -8,08% para -4,64%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,32% em agosto. No mês anterior, a taxa foi de -0,52%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,31% em julho para -0,37% em agosto. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -2,77% para 1,21%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,62% em agosto, contra queda de 1,08%, no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,38% em julho para 0,79% em agosto. As principais contribuições para o avanço da taxa do grupo partiram dos seguintes itens: soja em grão (-3,07% para 5,98%), milho em grão (-9,49% para -0,67%) e leite in natura (-7,47% para -1,48%). Em oposição, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: minério de ferro (3,19% para 1,33%), mandioca/aipim (-1,87% para -5,28%) e cana-de-açúcar (0,15% para -0,40%).