A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) confirmou que existem restrições na compra de diesel em diferentes regiões brasileiras, em especial aqueles sem bandeira. O cenário é fruto das defasagens de preços entre os valores praticados internamente e as cotações no mercado mundial. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no entanto, diz que os estoques do produto nas distribuidoras estão dentro dos parâmetros adequados.
Após um período de excesso de oferta com maior produção da Petrobras e importação de diesel russo, as compras externas do combustível vêm caindo desde maio. Em julho, foram 1,07 bilhão de litros, volume 19% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Nos sete primeiros meses deste ano, a queda acumulada é de 5%, e dados de agosto apontam que o movimento se acentuou na primeira semana do mês, quando as importações do grupo óleos combustíveis caíram 75% em relação ao mesmo período do ano anterior. E isso está gerando reflexos nos preços. Isto porque os importadores já começam a repassar aos consumidores a alta das cotações internacionais sobre os volumes comprados no exterior.
Conforme a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período entre 6 a 12 de agosto, o preço médio do diesel S-10, no Rio Grande do Sul, era de R$ 5,02. No Brasil, o valor médio do litro do produto chega a R$ 5,08.