Queda histórica no número de homicídios resulta de operações integradas e combate a facções, afirma diretor do DHPP

Delegado Mario Souza também relaciona diminuição recorde de mortes violentas no RS à metodologia adotada pela Polícia Civil no combate ao crime organizado

Diretor do DHPP, delegado Mário Souza. Foto: Reprodução/ Redes sociais

Julho registrou queda recorde no número de crimes contra a vida, com redução de 54,4% em Porto Alegre, se comparado ao mesmo período do ano passado. O resultado é o menor número para qualquer mês computado desde 2010, chegando a uma diminuição de 25,2% dos homicídios em todo o Rio Grande do Sul.

Segundo o delegado Mario Souza, o aumento de operações conjuntas entre agentes da Segurança Pública contribuiu para a equação. “O resultado se deve ao trabalho integrado das forças de segurança. Foi por conta do trabalho conjunto da Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Instituto Geral de Perícias e Guarda Municipal”, declarou à Rádio Guaíba.

O diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também destacou que, desde fevereiro, o foco das ações da corporação tem sido o enfrentamento ao crime organizado.

Quase 80% dos homicídios registrados na capital durante o primeiro semestre, ainda conforme Souza, ocorreram entre integrantes de facções. Para a redução desse percentual, o delegado chamou atenção para os métodos que vêm sendo adotados pelos policiais no combate aos criminosos.

“Esses cerca de 80%, mesmo que ocorra entre o crime organizado, precisa ser combatido. Atribuo também [a queda de homicídios] à metodologia de enfrentamento que colocamos em prática, buscando prender executores e, principalmente, mandantes. Além de operações contra lavagem de dinheiro, indiciamento de líderes de facções e transferência de presos”, destacou.

“Integrantes do crime organizado precisam entender que a cada morte que determinarem, mesmo se for a de um criminoso, eles vão sofrer prejuízos. Vamos colocar força máxima contra cada morte que ocorrer”, enfatizou o policial.