Pão dos Pobres completa 128 anos e apresenta primeira etapa do restauro do seu prédio

Cerimônia de acendimento da nova iluminação da fachada ocorrerá no dia 15 de agosto

Crédito: Zé Carlos de Andrade/Divulgação

A Fundação O Pão dos Pobres de Santo Antônio completa 128 anos de atuação, e vai marcar o seu aniversário com a entrega da primeira etapa do restauro da sua fachada. A frente do prédio, posicionada para as avenidas Praia de Belas e Borges de Medeiros será iluminada no dia 15 de agosto, às 19h para exibir o resultado da fase inicial da requalificação. A edificação vem sendo restaurada desde 2017 pela equipe Studio 1 Arquitetura, sob o comando do arquiteto Lucas Volpatto, já passou por diversas fases e vem buscando apoio para conseguir dar andamento às próximas etapas. Até o momento, metade do projeto foi concluído.

O edifício foi tombado em 2004 pelo município de Porto Alegre devido à peculiaridade e riqueza de suas características arquitetônicas e também pela sua importância histórica. “Estamos muito satisfeitos por devolver nosso patrimônio histórico à sociedade. O prédio tombado é um dos mais lindos cartões postais da cidade e o Pão dos Pobres realiza, por meio da administração Lassalista, um trabalho social de excelência. Tudo o que fazemos só é possível graças à arrecadação financeira oriunda prioritariamente de empresas, doações espontâneas de pessoas físicas, destinação de verbas por meio de convênios públicos e sociedade civil. Sentimo-nos amparados e motivados a levar adiante nossa missão” destaca o diretor-geral da entidade, Irmão Albano Thiele.

O Pão dos Pobres surgiu em 1895, a partir da iniciativa solidária do Cônego José Marcelino de Souza Bitencourt, que buscava amparar as viúvas e os filhos de vítimas da Revolução Federalista. A guerra civil ocorreu na Região Sul do Brasil, entre 1893 e 1895, poucos anos após Proclamação da República. Atualmente, a Fundação atende em torno de 1,4 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, com idades de zero a 18 anos incompletos. Desse total, 120 residem em casas de acolhimento da Instituição.

O atual prédio da Fundação foi concebido pelo arquiteto alemão Joseph Lutzenberger, pai do ambientalista gaúcho José Lutzenberger, para abrigar viúvas e crianças que ficaram órfãs durante a Revolução Federalista. A pedido da Arquidiocese de Porto Alegre, ele foi construído para acolher famílias carentes que já eram atendidas pela Fundação. Desde o início da requalificação, em 2017, o prédio já passou por diversas fases e depende de apoio financeiro para a conclusão dos 50% restantes.