O mercado de trabalho brasileiro vem mantendo bom dinamismo, conjugando expansão da população ocupada, retração da taxa de desocupação e crescimento da massa salarial. É o que indicam as estimativas próprias mensais, com base nos dados por trimestre móvel da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), e que constam da Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta sexta-feira, 11.
Em junho de 2023, a população ocupada no país somava aproximadamente 99,1 milhões de pessoas, avançando 0,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Naquele mês, houve a quinta expansão consecutiva (0,5%), de modo que o contingente de ocupados na economia brasileira chegou a 100,2 milhões, atingindo o maior nível já estimado pela série do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este aumento da ocupação gerou uma nova retração da taxa de desocupação, que estava em 7,9% em junho de 2023 – 1,3 ponto percentual menor que o observado neste mesmo período de 2022.
Parte desta melhora da taxa de desocupação também deve ser creditada ao arrefecimento da força de trabalho brasileira, que vem apresentando sucessivas quedas nos últimos meses. Em junho, o conjunto de trabalhadores ocupados ou em busca de uma colocação era formado por aproximadamente 107,7 milhões de pessoas, recuando 1,0% na comparação com junho de 2022. Já em relação a maio, os dados dessazonalizados mostram que o montante de 108,8 milhões observados em junho registrou alta de 0,5%.
Como consequência deste comportamento da força de trabalho, a taxa de participação no mercado de trabalho brasileiro era de 61,6%, em junho de 2023, o que significa uma queda de 1,2 ponto percentual relativamente à observada neste mesmo período do ano anterior. Na comparação com maio, a taxa de participação mostrou leve avanço, passando de 61,9% para 62,2%.