A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) confirmou que as discussões junto ao Ministério da Fazenda, ao Banco Central e ao setor de varejo para o fim do rotativo do cartão de crédito estão em curso e ainda não há prazo para serem concluídas, “mas estão evoluindo”. A informação está em sintonia com o que disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto ao apontar que o grupo de trabalho – formado pelo BC, governo e bancos – deve encaminhar nos próximos 90 dias uma solução com o fim do rotativo – tipo de empréstimo oferecido aos clientes de cartão de crédito que não conseguem pagar o valor total da fatura até o vencimento.
Campos Neto disse que a ideia é que o crédito seja direcionado diretamente para um parcelamento da dívida com taxa de juros menor, em torno de 9% ao mês. Em julho, as instituições financeiras chegaram a cobrar taxas de 437,3% ao ano, caso o titular do cartão não pague o valor total da fatura. Conforme a Febraban, é necessário diluir os riscos entre os elos da cadeia de cartão de crédito, hoje concentrados nos bancos. E que o cartão deve ser mantido como relevante instrumento para o consumo.