Bares e restaurantes gaúchos esperam faturar mais com Dia dos Pais, diz Abrasel

Levantamento mostra que 65% das empresas esperam aumentar o faturamento

Crédito: Freepik

Quase dois terços das empresas do setor de Alimentação esperam um crescimento no faturamento nas vendas para o Dia dos Pais em relação ao resultado alcançado no ano passado. Conforme pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) 65% das empresas gaúchas esperam aumentar o faturamento para a data em relação à mesma data do ano passado.

No mesmo levantamento, 57% dos estabelecimentos gaúchos fecharam junho com lucro e 19% ficaram no prejuízo. Este é o melhor desempenho do setor no Rio Grande do Sul desde setembro de 2022. “A expectativa vem para marcar o fim da pandemia, encerramento daquele ciclo negativo e o começo de uma nova fase. O público volta a gastar e buscar os bares e restaurantes para confraternizar, priorizando sair ao invés de comemorar em casa”, contextualiza João Melo, presidente da Abrasel no RS.

Apesar de alcançar o menor índice de estabelecimentos no prejuízo no ano, que atingiu 47% em fevereiro, e superar a média nacional de empresas com lucro, que é de 45%, o presidente reitera que ainda é cedo para afirmar que é o melhor momento do ano.

“É importante destacar que foi um período de férias, em que as pessoas estavam mais na rua, o que reflete nos resultados e foi positivo para o ramo da Gastronomia” , explica João Melo, que completa ser necessário ter mais público nas casas, mais pessoas na rua, consolidar empréstimos, pagamentos e organizar melhor as contas e empresas. Para ele, isso provoca uma melhora no segmento.

ENDIVIDAMENTO

Mesmo com o bom desempenho, as dívidas ainda preocupam os bares e restaurantes. O levantamento mostra que 42% das empresas têm pagamentos em atraso como empréstimos, pendências com impostos ou fornecedores, aumento de 16% em relação ao mês anterior. As principais contas pendentes são de impostos federais (94%), impostos estaduais (40%), encargos trabalhistas (26%) e para fornecedores de insumos (20%). Em relação a empréstimos, 4 em cada 5 estabelecimentos tomaram algum tipo de financiamento.

“Com a queda do juros, a tendência é que melhore um pouco. Apesar de ter algumas diferenças entre contratos feitos com juros mais altos ou com a taxa reduzida. Mesmo assim, o endividamento do setor é preocupante, dependendo da porcentagem de faturamento que compromete em cada empresa, pode inviabilizar um negócio. Sempre é importante ficar atento e negociar taxas para tentar resolver”, destaca Melo.

Para sanar o problema, João Melo diz não acreditar em soluções mágicas e indica que o ideal seria um subsídio do governo que recupere todas as consequências causadas pelo período parado, similar a algo feito na Europa para reabilitar o setor.