A Polícia Civil confirmou à Rádio Guaíba, nesta quarta-feira, o indiciamento de Giane Alves Santos, ex-companheira do deputado estadual Leonel Radde (PT), por difamação e denunciação caluniosa. Em abril, ela havia registrado um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Porto Alegre, acusando o político de agressão, o que acabou não sendo confirmado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol), que investigou o caso.
Conforme a delegada Eliana Lopes, uma sugestão de arquivamento da investigação foi remetida ao Ministério Público. “Remetemos sem indiciamento [do deputado]”, declarou a diretora de comunicação da Polícia Civil.
Contatado pela reportagem, o advogado do petista declarou que o MP acolheu a solicitação da Polícia Civil pelo indiciamento da mulher. Ainda segundo Eduardo Mattos, no entanto, o órgão ainda não anunciou ‘nenhuma decisão’ sobre o pedido de arquivamento da denúncia de agressão.
Radde já havia registrado um boletim de ocorrência, também em abril, alegando ser alvo de extorsão. Segundo o depoimento do deputado, a mulher havia pedido, ainda em março deste ano, R$ 100 mil para sair de casa e ameaçou acusá-lo de violência doméstica porque ele entrou com pedido judicial de separação.
Entenda o caso
A ex-companheira de Radde o acusa de agressão, supostamente ocorrida durante uma discussão, no início de abril. Além de ter registrado boletim de ocorrência, a mulher também solicitou e recebeu medida protetiva de urgência, que permanece em vigor, contra o parlamentar.
O desentendimento teria acontecido durante uma confraternização na casa onde os dois ainda viviam, embora não mais como um casal. No boletim de ocorrência, a ex-companheira de Radde sustenta que ele a agarrou pelos pulsos e a jogou contra a parede.
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol) sugeriu, em julho, o arquivamento da investigação contra o deputado estadual. Além de parlamentar, Radde também é policial civil, razão pela qual o caso vinha sendo conduzido pelo órgão.