Além de prisão, Moraes autoriza apreensão de bens e acesso a dados digitais de Silvinei Vasques

Ministro também determinou à PF verificar existência de cômodos secretos em endereços ligados ao ex-diretor da PRF

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Na decisão que autorizou a prisão preventiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, cumprida nessa manhã em Florianópolis (SC), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também determinou busca e apreensão de armas, munições, computadores, tablets, celulares – e outros dispositivos eletrônicos – e do passaporte em nome dele.

O ministro também determinou à Polícia Federal uma verificação sobre a existência de cômodos secretos ou salas reservadas em quaisquer dos endereços onde ocorreram as diligências, além do acesso, cópias ou apreensão dos registros de controle de ingresso em cada endereço relacionado.

O ministro autorizou ainda o acesso e a análise de dados, arquivos eletrônicos, mensagens
eletrônicas e e-mails armazenados em computadores, servidores, redes, inclusive serviços digitais de armazenamento “em nuvem”, ou em dispositivos eletrônicos, incluindo celulares. Além disso, Moraes autorizou a avaliação e a custódia, em ambiente seguro, do dinheiro em espécie e dos bens apreendidos, “de elevado valor econômico”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com parte das medidas, mas, de acordo com o que a decisão de Moraes mostra, deu parecer contrário à prisão preventiva.

Mais cedo, a PF prendeu o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com a investigação da PF, os crimes foram supostamente planejados desde o início de outubro de 2022 e, no dia do segundo turno das eleições presidenciais, ocorreu patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste.

Em nota, a PRF informou que, paralelamente às investigações no STF, foram abertos três processos administrativos disciplinares para apurar a conduta de Silvinei. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta do ex-diretor.