Semana para celebrar os 200 anos de Gonçalves Dias, o poeta indianista

Escritor, jornalista, advogado, professor, teatrólogo e poeta, Gonçalves Dias foi um expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como indianismo

Reprodução Facedbook
Sou bravo, Sou forte, Sou filho do Norte,
Guerreiros, ouvi!
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi

Nesta semana (em 10/08) celebra-se o nascimento do poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo maranhense Antônio Gonçalves Dias (200 anos) – grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como “indianismo”, é famoso por ter escrito os poemas “Canção do Exílio”, “I-Juca-Pirama” e muitos outros nacionalistas e patrióticos que viriam a dar-lhe o título de poeta nacional do Brasil. Foi um ávido pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro.

Enfim te vejo! — enfim posso,
Curvado a teus pés, dizer-te,
Que não cessei de querer-te,
Pesar de quanto sofri.
Muito penei! Cruas ânsias,

Dos teus olhos afastado,
Houveram-me acabrunhado
A não lembrar-me de ti!

O escritor foi pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro. No poema I-Juca Pirama, Gonçalves Dias narra a captura de um guerreiro Tupi pelos Timbiras, quando o capturado faz um apelo de vida em seu canto de morte.
Em 1864, aos 41 anos, Gonçalves Dias morreu no naufrágio do navio Ville de Boulogne, vindo da Europa com destino ao Brasil. Seu corpo nunca foi encontrado.