O Conselho de Administração da Petrobras aprovou pagamento de dividendos no valor de R$ 14,8 bilhões aos seus acionistas relativos ao resultado do segundo trimestre do ano. O valor equivale a uma remuneração aos acionistas de R$ 1,14 por ação ordinária e preferencial. Esse é o primeiro anúncio de pagamento a acionistas após a mudança da política de dividendos da companhia, que agora tem previsão de proventos na ordem de 45% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos do trimestre.
O valor é 83% inferior ao volume de dividendo de R$ 87,8 bilhões anunciado no mesmo período de 2022. À época, a Petrobras e outras petroleiras ainda lucravam com a disparada do preço do barril tipo Brent no contexto da guerra da Ucrânia. No primeiro trimestre do ano, a Petrobras pagou R$ 24,7 bilhões em dividendos. Com isso, o montante total anuncia primeiro trimestre, encerrado em março, o percentual mínimo de dividendos era fixado na primeira metade do ano chegou a R$ 39,5 bilhões em dividendos.
Embora menor, o novo índice (45%) surpreendeu positivamente os investidores, o que ficou claro pela valorização das ações da companhia nos últimos dias. Dona de 36,6% do capital da empresa, via Tesouro, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e participações, o BNDESPar, a União deve ficar com até R$ 5,4 bilhões dos dividendos aprovados. Somando a parcela do Tesouro referente ao primeiro trimestre, R$ 8,8 bilhões, a arrecadação com dividendos já chega a R$ 14,2 bilhões em 2023. Em 2022, a União ficou com cerca de R$ 79 bilhões do total de R$ 215,7 bilhões distribuídos a acionistas relativos àquele exercício.