A Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Maturin’, na manhã desta quinta-feira, para desarticular uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A ação mobiliza 120 policiais federais para o cumprimento de 20 mandados de prisão e 26, de busca e apreensão.
As diligências ocorrem em Santa Maria, Restinga Seca, Júlio de Castilhos, Caçapava do Sul, Arroio dos Ratos e, no estado catarinense, em Palhoça. Até o início desta tarde, a PF já havia capturado 14 criminosos.
Com apoio da Receita Federal, Brigada Militar e Susepe, estão sendo executadas medidas para a descapitalização do grupo, como sequestros de veículos e imóveis, apreensão de bens e encerramento de empresas de fachada, em valor estimado superior a 2,5 milhões de reais, além do bloqueio de valores em contas bancárias.
A investigação teve início em agosto de 2022, a partir do encontro de um ‘cardápio de drogas’ gerido pelos criminosos. A apresentação do ‘cardápio’ e a quantidade das substâncias oferecidas chamou a atenção dos investigadores, levando à instauração de novo inquérito policial, com foco específico no tráfico de drogas.
Diligências indicaram que a venda de entorpecentes ocorria através de aplicativos de mensagens e que a entrega era operacionalizada por moto-taxistas capitaneados pela organização. O tráfico, segundo a PF, ocorria com a utilização de ‘mulas’, responsáveis pelo transporte e estoque das substâncias em diferentes cidades. A apuração também revelou que organização recorria de aplicativos de caronas pagas e aluguéis de imóveis por temporada para operacionalizar a logística do tráfico.
Com o avanço da investigação, a Polícia Federal identificou o líder a organização e mapeou os fornecedores e os ‘laranjas’ usados para a lavagem de capitais e os transportadores das substâncias ilícitas.
No período entre novembro a abril, foram realizadas cinco apreensões de drogas, nas cidades de Santa Maria, Porto Alegre e Gravataí. Foram constatados, ainda, atos de lavagem de capitais, como ocultação de veículos, imóveis rurais e o uso de empresas de fachada para dissimulação da origem ilícita dos recursos.