Pix já é o preferido nas compras no e-commerce no Brasil, diz estudo

Modalidade representou 24% do total transacionado no Brasil em 2022

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O cartão de crédito está ficando para trás e perdendo espaço como meio de pagamento no e-commerce no Brasil e no mundo para métodos de pagamentos instantâneos, como o Pix, e carteiras digitais. Os dados integram o “The Global Payments Report”, da processadora de pagamentos Worldpay, revelando que em 2022 o cartão de crédito representou 39% dos pagamentos feitos em compras online no Brasil, uma queda de 6 pontos percentuais na comparação com o ano anterior, quando chegava a 45% do total.

O Pix no e-commerce representou 24% do total transacionado no Brasil em 2022 e, depois de superar os boletos, se aproxima de superar os cartões. O cartão de crédito, segundo o estudo, foi o responsável por 20% (quase US$ 1,2 trilhão) de participação no valor transacionado no mundo em 2022, bem atrás das carteiras digitais, como AliPay, ApplePay e GooglePay, com 49%, o que representa cerca de US$ 2,9 trilhões.

Como base de comparação, em 2020, o cartão tinha 22,8% de participação e a carteira digital, 44,5%. Em 2021, o cartão possuía 21% e as carteiras já haviam chegado no patamar de participação de 49%, posição mantida em 2022. O estudo, com resultados referentes a 2022, está em sua oitava edição global e contou com 48 mil entrevistados em 40 países.

Para 2026, a expectativa é de que a fatia global dos cartões de crédito caia ainda mais e alcance os 16%. Já as carteiras digitais devem crescer para 54% no mesmo período. Considerando a região da América Latina, que inclui Brasil, Chile, Argentina, Peru, Colômbia e México, o cartão de crédito tem mais força e representa hoje 35% de participação no valor transacionado no e-commerce, mas a previsão é de que em 2026 o cartão represente 29%.