O início do ciclo de cortes na taxa Selic, com a redução de 0,5 ponto percentual anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, deverá ter efeito positivo para o crédito e a adimplência dos brasileiros. A expectativa é do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, para quem o corte anunciado foi um primeiro passo importante.
“O prosseguimento do ciclo de flexibilização nas próximas reuniões do Copom deverá ter consequências positivas para o mercado de crédito e para a inadimplência”, disse Sidney em nota enviada à imprensa.
Com o serviço da dívida mais caro, muitos correntistas deixaram de pagar empréstimos assumidos junto aos bancos ou a outras instituições. Neste ano, o efeito começou a chegar às grandes empresas.
INADIMPLÊNCIA
“O início da flexibilização da Selic com a redução dos juros em 0,50 ponto percentual representa um primeiro passo importante para reversão da forte restrição monetária por que passa o país nesse difícil e exitoso processo de contenção da escalada inflacionária”, afirma ainda o presidente da Febraban.
Conforme os últimos dados da Serasa, o nível de pessoas inadimplentes no Brasil teve a primeira queda neste ano ao atingir 71,45 milhões de negativados, uma queda de 0,63%, ou 450 mil inadimplentes em junho, na comparação com maio. Os dados constam do Mapa de Inadimplência da Serasa e ocorrem após uma série de altas ao longo de 2023. No Rio Grande do Sul, o índice de inadimplência ficou abaixo da média nacional ao atingir 39,22%. No total, são 3.548.855 gaúchos inadimplentes, cujas dívidas somam R$ 17,9 bilhões.