Vigilância em Saúde da capital libera captação e envase de água Fontes de Belém

Empresa havia sido interditada em 12 de julho

Foto: Reprodução

A Equipe de Vigilância de Alimentos (EVA) da Vigilância em Saúde da capital liberou, nesta quarta-feira, os processos de captação e envase de água da marca Fontes de Belém, com sede na zona Sul da cidade. A liberação ocorre porque a empresa apresentou provas documentais referentes à qualidade do processo.

A partir da liberação, a fabricante deve garantir o controle de qualidade do produto final comercializado, conforme explica a chefe da EVA, Nayara Poleto. Todo o processo – captação, envase e comercialização – havia sido suspenso em 12 de julho, após um resultado insatisfatório.

Interditada desde então, a empresa alegou falha humana para explicar o laudo que apontou, em um lote do produto, bacilos e substâncias contaminantes que constituem “risco iminente à saúde pública”.

De acordo com informações prestadas à Rádio Guaíba pelo advogado da empresa, Gabriel Souza, o problema no lote Dia 25, com fabricação em 25 de maio e validade até 9 de julho, se deu porque um funcionário, responsável por fazer a esterilização dos galões de 20 litros, não viu que o produto químico utilizado nesse processo havia acabado. O mesmo funcionário, também responsável pela troca de filtros, também não realizou esse processo no dia em questão. Em função dessa falha, conforme Souza, substâncias como o bacilo Pseudomonas Aeruginosa, apontado no relatório, e fragmentos de insetos, tecido e plástico, foram encontrados no lote.

Sobre o possível desligamento do funcionário, o advogado negou essa possibilidade. A Fontes de Belém se comprometeu, ainda, a contratar mais um trabalhador para se somar ao processo de esterilização das bombonas a partir da reabertura da linha de produção.

Gabriel Souza não soube contabilizar quantos galões compunham o lote contaminado, e explicou que a venda ocorre diretamente às distribuidoras, e não ao consumidor final. Ele reforça que a empresa acumula 39 anos de história e nunca havia passado por uma situação semelhante. Até a interdição, a Fontes de Belém fazia o envase de cerca de dois mil galões ao dia.

Souza salientou ainda que, para fazer os testes, a Vigilância retirou dez galões da empresa, e as substâncias contaminadas foram encontradas em dois deles. Após a notificação, a Fontes de Belém realizou novos testes e não encontrou irregularidades.