Os dois suspeitos pelo assassinato do empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, de 41 anos, vão responder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O juiz Felipe Roberto Palopoli, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Santo Antônio da Patrulha, aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual nesta quarta-feira.
A representação culpa a dupla – sogro e genro – pelo assassinato ocorrido em junho, no litoral gaúcho. O mais velho pode responder, ainda, por posse e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Diego Gabriel da Silva e Wellington Luiz Rodrigues da Silva foram presos preventivamente, passando a figurar como réus no processo criminal.
O juiz Felipe Palopoli entendeu estarem presentes os requisitos necessários para a instauração da ação penal.
Samuel Eberth era proprietário de uma empresa de revenda de veículos automotores em Belo Horizonte, e mantinha relações comerciais com o denunciado mais velho.
Recentemente, a vítima passou a desconfiar da conduta do homem e veio ao Rio Grande do Sul para tratar pessoalmente do assunto.
A promotora Graziela Veleda, que assina a denúncia, relata que em 2 de junho, a dupla matou Eberth a tiros e escondeu o corpo. A representação sustenta que o parceiro comercial da vítima conduziu o empresário mineiro a bordo de um veículo até a zona rural de Santo Antônio da Patrulha, supostamente para buscarem um automóvel de propriedade dele. No local, o homem acionou o genro, solicitando apoio no plano de assassinato.
O sogro, então, comprou duas pás, uma enxada, dois pares de luvas e três metros de lona preta. Em seguida, encontrou o genro e, juntos, seguiram para o local do crime. Lá, Eberth sogreu disparos no tórax, abdome e na região da nuca. Os denunciados enrolaram o empresário na lona e o enterraram em uma propriedade rural localizada na Estrada Bom Retiro.
Eberth teve o corpo localizado, em 10 de junho, através de informações recebidas por denúncia anônima. A perícia confirmou a identidade.