Começa nesta terça-feira, 1º, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que vai definir a nova taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano. Um levantamento com quase 50 bancos e casas de análise revela que 78% deles acredita numa redução da Selic em 0,25 ponto percentual, sendo que os demais preveem um corte de 0,50. O grupo daqueles que esperam 0,25 ponto de redução citam que a convergência do IPCA às metas ainda está distante.
Para ajudar, os economistas do mercado financeiro reduziram, pela oitava semana consecutiva, a estimativa de inflação para 2023, de 4,90% para 4,84%, conforme Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 31, um pouco mais perto do teto de 4,75% da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
JUROS FUTUROS
Para estimular os resultados, o Fundo Monetário Internacional divulgou relatório anual apontando que o crescimento potencial do Brasil em 2022 ficou no intervalo entre 1,3% e 2,2%, de acordo com diferentes metodologias usadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). No relatório anual sobre a economia brasileira, o Fundo apresenta estimativas desde 2003 para o ritmo de expansão potencial do PIB, aquele que a economia consegue sustentar sem gerar pressões inflacionárias. Para o Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) a atual política monetária do Brasil é “apropriada” e pediu a continuação de uma abordagem orientada para o futuro e baseada em dados.
Já os juros fecharam em queda na última sessão de julho, estimulados pelas expectativas em torno da atuação da política monetária aqui e no exterior, que elevaram o apetite por ativos de risco. Apesar de algumas apostas no corte de 0,5 ponto percentual da Selic, as taxas longas recuaram ainda mais do que as curtas, refletindo o otimismo do investidor. No balanço do mês, porém, a curva acabou perdendo até quase 30 pontos e as longas, em torno de 15 pontos.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 caiu de 12,611% no ajuste de sexta-feira para 12,585%, e a do DI para janeiro de 2025 cedeu a 10,61%, de 10,64%. O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 10,13%, de 10,20% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2029 tinha taxa de 10,50%, de 10,60%. No exterior, prevalece a avaliação de que o espaço para novas altas de juros pelos bancos centrais das economias principais vai ficando apertado, diante do risco de recessão.