Relatório do FMI prevê crescimento de 2,1% da economia brasileira em 2023

Documento também apresenta estimativas para a taxa de desemprego que não acelera a inflação

O crescimento potencial do Brasil em 2022 poderá variar entre 1,3% e 2,2%, de acordo com diferentes metodologias usadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), 2,1% neste ano e de 1,2% em 2024. No relatório anual sobre a economia brasileira, o Fundo apresenta estimativas desde 2003 para o ritmo de expansão potencial do Produto Interno Bruto (PIB), aquele que a economia consegue sustentar sem gerar pressões inflacionárias. O documento ressalva que os resultados variam conforme os parâmetros escolhidos, ressaltando que todas as metodologias sugerem que o crescimento potencial “declinou constantemente nas últimas décadas e aumentou nos anos recentes”.

Entre 2003 e 2008, a taxa média foi de 4,1% entre as diversas maneiras de cálculo consideradas, amparadas por investimento elevado e uma taxa de desemprego declinante. “O crescimento potencial diminuiu depois da crise financeira global, ficando na média de 3,3% entre 2009 e 2013, devido à queda na expansão do investimento e na taxa de emprego, apesar do recuo na desocupação”, escreve o FMI.

RELATÓRIO

O potencial de expansão da economia caiu ainda mais depois da crise econômica de 2014, segundo a instituição. Entre 2014 e 2019, a taxa ficou em apenas 0,1%. Os principais determinantes para esse número tão baixo foram a queda do investimento e uma significativa deterioração do mercado de trabalho, e uma alta no investimento”, diz o relatório, destacando que o número para o ano passado ficou entre 1,3% e 2,2%, de acordo com diferentes metodologias.

O relatório também apresenta estimativas para a taxa de desemprego que não acelera a inflação. Essa taxa subiu de 8,1% em 2012 para 11,1% antes da pandemia. Em 2022, ela foi calculada em 9,8%, acima da taxa de 7,9% no fim do ano passado. Isso sugere que a economia estava operando acima do seu potencial, diz o FMI.