Sete estados brasileiros já declararam emergência zoosanitária para combater gripe aviária

RS entrou para a lista nesta sexta-feira

Foto: Elisa Ilha / Ufrgs

Chega a sete, incluindo o Rio Grande do Sul, o número de estados brasileiros que seguiram a recomendação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e declararam situação de emergência zoosanitária a fim de reforçar o combate à gripe aviária. O país registra, até o momento, 71 focos confirmados da doença.

A doença infectou, primeiro, aves silvestres migratórias, levando o Mapa a declarar emergência em todo o território nacional, ainda em maio. Neste mês, a pasta orientou os estados a fazerem o mesmo, diante do surgimento de dois casos de gripe aviária em aves domésticas, de criação para subsistência, no Espírito Santo e em Santa Catarina.

O Ministério considera que, para que as medidas de enfrentamento à doença sejam efetivadas, os estados também devem adotar ações semelhantes, reforçando o alerta mesmo nas localidades onde não há qualquer registro de foco. Isso porque a ocorrência de um caso em ave comercial pode afetar todo o país.

Nesta semana, o Paraná havia se tornado o sexto estado brasileiro a decretar emergência sanitária, após o aumento de casos em aves silvestres. Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Bahia também compõem a lista – à qual o RS se integrou nesta sexta.

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves domésticas e silvestres. Com ciclos pandêmicos ao longo dos anos, a zoonose provoca graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas, já que se caracteriza, principalmente, pela alta mortalidade de aves.

Desde o início do ano, o Ministério da Agricultura já investigou 1.609 casos suspeitos de gripe aviária, dos quais 365 passaram por análise laboratorial e 71 foram confirmados ao longo do litoral do país em uma faixa de municípios do sul da Bahia ao sul do Rio Grande do Sul. Desses, dois casos no Espírito Santo e Santa Catarina foram confirmados em aves de subsistência. Os dados podem ser acompanhados por uma plataforma virtual do Mapa.

Nas Américas, desde a introdução da influenza aviária, em 2014, só foram registradas três ocorrências de contaminação de humanos, sendo um nos Estados Unidos, em 2022, um no Equador em janeiro deste ano e um no Chile, em março, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

O Mapa orienta que, em caso de aves mortas, as autoridades municipais sejam notificadas, para que um médico veterinário oficial possa investigar e classificar o ocorrido.