Gasolina mantém queda pela terceira semana seguida

Todos os combustíveis registraram redução; gasolina passou para R$ 5,55 o litro; etanol, R$ 3,68; e diesel S10, R$ 4,98

Foto: Guilherme Almeida/CP

O preço médio do litro da gasolina teve nova queda nos postos de abastecimento de todo o país. Pela terceira semana consecutiva, o valor caiu 0,71%, passando de R$ 5,59 para R$ 5,55.

O dado consta em levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado nos postos entre domingo passado e hoje.

Entre os combustíveis, o etanol teve a maior queda na semana, de 2,4%. O preço médio do litro passou de R$ 3,77 para R$ 3,68.

Já o diesel S10 registrou leve redução de 0,2%, a 21ª consecutiva. O valor médio caiu de R$ 4,99 para R$ 4,98.

O gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, também teve leve queda de 0,2%. O preço médio do botijão de 13 quilos ficou em R$ 101,63.

Impacto sobre a inflação
O índice de queda da gasolina, similar ao da semana anterior, reflete a redução praticada pela Petrobras nos preços válidos nas refinarias, de aproximadamente R$ 0,14 por litro, ou 5,3%, em vigor desde 1º de julho.

A medida buscou compensar a volta integral da cobrança dos impostos federais PIS/Cofins sobre o produto desde o último dia 29, que chegou a aumentar até R$ 0,31 no preço do insumo.

A Petrobras reforça que, nas refinarias, os preços dos combustíveis vendidos às distribuidoras diminuíram em 2023. Foram anunciadas reduções em março, maio e junho. De 31 de dezembro de 2022 a 18 de julho de 2023, segundo a Petrobras, o diesel caiu 32,7% (R$ 1,47 por litro), e a gasolina, 18,2% (R$ 0,56 por litro).

Os combustíveis também foram responsáveis, junto com o barateamento dos carros novos e dos alimentos, pela desaceleração da inflação oficial do Brasil, que perdeu ritmo pelo quarto mês consecutivo, com deflação de 0,08% em junho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda de preços apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não ocorria desde setembro do ano passado (-0,29%). A deflação também é a primeira para meses de junho desde 2017.

Com a variação negativa, a inflação mantém a trajetória iniciada em maio do ano passado e passa a acumular alta de 3,16% nos últimos 12 meses, o menor nível desde setembro de 2020 (3,14%). No primeiro semestre, o índice apresentou alta de 2,87%.