Filhos de Bolsonaro reagem à notícia de que ex-presidente recebeu mais de R$ 17,1 mi em Pix

Nas redes sociais, Flávio e Carlos afirmaram que a publicação dos dados é "assassinato de reputação"

Foto: Facebook Flávio Bolsonaro / Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) reagiram nas redes sociais à divulgação do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que aponta uma arrecadação de R$ 17,1 milhões pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2023 por meio de transferências via Pix. Os filhos do ex-chefe do Executivo classificaram a publicação dos dados do documento como “assassinato de reputação” e afirmaram que o País está no rumo para “virar uma Venezuela”.

“Um assassinato de reputação sem precedentes contra o melhor presidente que o Brasil já teve! Reviram tudo, não encontram nada e mais uma vez quebram a cara! Nunca houve qualquer vazamento, quebra de sigilo ou exposição, sem embasamento, de nenhum ex-presidente na história do País, mas contra Bolsonaro vale tudo!”, afirmou Flávio no Twitter.

Segundo o relatório da Coaf, as transferências foram feitas entre 1º de janeiro e 4 de julho deste ano por meio de 769 mil transações. O valor arrecadado corresponde a quase a totalidade do valor que circulou nas contas de Bolsonaro em 2023: R$ 18.498.532. Os registros bancários feitos pelo Coaf ainda indicaram que parte desses recursos foram convertidos em aplicações.

Em junho, apoiadores de Bolsonaro promoveram uma vaquinha via Pix pelas redes sociais para o ex-presidente. O objetivo era arrecadar dinheiro para o pagamento de multas judiciais, sob a justificativa de que ele era vítima de “assédio judicial” e que precisava de ajuda para quitar “diversas multas em processos absurdos”. Aliados de Bolsonaro publicaram nas redes sociais comprovantes de depósitos variando de R$ 10 a R$ 1 mil.

O ex-presidente evita falar publicamente sobre o valor arrecadado na vaquinha. No dia 26 de junho, ele disse apenas que já havia levantado o suficiente para pagar as condenações. “A massa contribuiu com valores entre R$ 2 e R$ 22. Foi voluntário”, disse Bolsonaro na ocasião, prometendo abrir os valores “mais para frente”.

Ao falar sobre o caso, o vereador Carlos retomou a narrativa de aliados de Bolsonaro, que defendem a ideia de que o Brasil pode ter uma gestão política próxima a da Venezuela com a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Na democracia comunista relativa vale tudo! Já vivemos na Venezuela!”, disse. A ideia também foi defendida por Flávio. “Engana-se quem pensa que o Brasil [não] está caminhando a passos largos rumo à Venezuela, Cuba e Nicarágua (sic)“, disse.

*Com informações da Agência Estado (AE)