A semana econômica ficará marcada pela tensão com que os investidores globais vão acompanhar as decisões dos principais bancos centrais do mundo – o Federal Reserve, dos EUA, o Banco Central Europeu e o Banco do Japão sobre as taxas de juros de curto prazo e a trajetória da política monetária nos próximos meses. Enquanto isto, no Brasil o foco vai se concentrar nos resultados do IPCA-15, que serão divulgados na terça-feira, 25, último indicador inflacionário divulgado antes da decisão de política monetária do Banco Central, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 1º e 2 de agosto.
Uma piora nos componentes de serviços no último IPCA pode determinar uma revisão da tendência e da velocidade de redução da taxa básica de juros (Selic) ao final do encontro do Copom. O próprio Relatório Focus, do Banco Central, vai traçar sinais para a tomada da decisão de juros, devem ser monitoradas de perto pelos agentes financeiros.
No cenário internacional, na quarta-feira, 26, o Federal Reserve deve anunciar um aumento nas taxas de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 5,25% a 5,50%. O comunicado ao mercado no final do encontro também deve dar sinais sobre os passos do Fed Funds nos próximos meses. A expectativa majoritária é que o Fed encerre o ciclo após a alta a ser anunciada.
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Na quinta-feira, 27, o Banco Central Europeu também deve elevar suas taxas de referência em 0,25 ponto percentual, para 4,25%. A maioria dos analistas e membros do BCE acredita ser necessária a continuidade do aperto. Na madrugada de sexta-feira, 28, será a vez do Banco do Japão definir suas taxas de juros, mas não são esperadas mudanças na política de juro negativo do banco, nem na política de controle da curva de juros