Direita tem mais cadeiras, mas não obtém maioria para liderar Espanha

Negociações de bastidores definirão futuro governo e novas eleições não são descartadas

Voto em cédula na urna ou pelo correio

O Partido Popular (PP) conquistou 136 cadeiras nas eleições legislativas da Espanha, realizadas neste domingo (23). No entanto, a legenda não alcançou a maioria absoluta de 176 vagas no parlamento, o que pode levar a uma aliança com o partido de direita Vox, terceiro colocado, com 33 assentos, o que mesmo assim ainda não é suficiente. Uma eventual coligação para presidir o congresso terá de contar com a participação de partidos pequenos.

A Espanha possui a forma de monarquia parlamentarista, pois seu poder legislativo, (representado na figura das Cortes Gerais), exerce a maior parte da responsabilidade legislativa e de governo. Neste formato o Estado é representado pelo Rei Felipe VI e o governo pelo comandante do parlamento.

Até o momento, Alberto Núñez Feijóo, líder do PP, partido vencedor das eleições deste domingo, não conquistou a maioria no parlamento, fato que apenas se torna possível se coligar com o partido Vox, conservador, pois poder executivo da Espanha é alcançado graças a uma maioria no Congresso, que é de 176 assentos das Cortes Gerais. No sistema espanhol, a formação do governo federal deriva das bancadas eleitas para a Câmara. A maioria absoluta – representada por 176 das 350 cadeiras – permite que o partido ou coalizão eleja o candidato a primeiro-ministro.

Mesmo com a contagem das cédulas de papel inseridas pelos mais de 37 milhões de eleitores à mão, nas urnas físicas, somadas aos 2,4 milhões de votos enviados pelo correio. Os partidos que conseguiram eleger Deputados para o Congresso chegam a um consenso para informar ao Rei quem querem indicar para Presidente. Porém o Rei é livre para escolher a pessoa indicada ou outra entre todos os Deputados eleitos. Até o hoje o Rei sempre respeitou a indicação dos partidos.