Morre na Alemanha o ator e diretor gaúcho Sérgio Etchichury

Serginho faleceu, aos 62 anos, em Berlim, com problemas cardíacos; corpo vai ser velado e cremado na capital alemã

Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

O ator e diretor gaúcho Sérgio Etchichury morreu, nesta quinta-feira, aos 62 anos, em Berlim, na Alemanha. Com complicações cardíacas, ele chegou a ser levado a um hospital na capital alemã, mas não resistiu. Segundo apurou a reportagem do site Brasil de Fato, o óbito decorreu de dissecção de aorta, uma lesão na parede interna dessa artéria do coração.

Serginho vivia na Alemanha desde 2009, onde desenvolvia um trabalho social em questões de gênero, raça e imigração. Na quarta-feira, ele havia participado do ensaio da produção “Einreisepass für Kunst” (Um Passaporte para a Arte), que também dirigia.

No RS, Sérgio atuou em grupos como o Ói Nóis Aqui Traveiz, Cia. Stravaganza, Cia. Rústica e Depósito de Teatro. Em 1998, conquistou o Prêmio Açorianos de melhor ator pelo espetáculo “Boca de Ouro”, montagem do Depósito de Teatro para o texto de Nelson Rodrigues sobre o bicheiro temido e respeitado, dirigida por Roberto Oliveira.

Com a Stravaganza, montou a peça “Uma professora muito maluquinha”, de Ziraldo, com direção de Adriane Motolla. Com a Terreira, atuou pela última vez no espetáculo “Antígona, Ritos de Paixão e Morte”, nos anos 1990.

Serginho também dirigiu montagens como “Mboitatá” e “O Negrinho do Pastoreio”. No cinema, participou de curtas-metragens gaúchos como “Vênus” (2001), “Vaga-Lume” (2002), “A Domicílio” (2006) e “A Terra Prometida” (2006).

O ator deixa o marido, Loivo de Castro, e amigos ligados ao teatro no Brasil e na Alemanha. O corpo está sendo velado em Berlim, onde também vai ser cremado.

Uma homenagem ao ator e diretor está prevista para o dia 30 de julho, às 17h30min, na Zona Cultural (Av. Alberto Bins, 900), administrada por coletivos de teatro.