Por meio das Promotorias de Justiça de Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul, na metade Sul, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) instaurou inquéritos civis para investigar a CEEE Equatorial em virtude da demora em religar a energia elétrica para residências e estabelecimentos comerciais em cidades afetadas pelo ciclone extratropical que cruzou o Rio Grande do Sul entre 12 e 13 de julho.
Na Promotoria de Pelotas, o inquérito busca apurar se a concessionária atuou no sentido de prevenir as falhas no fornecimento, visto que não essa já não era a primeira tempestade severa ocorrida em 2023. Já o expediente instaurado pela Promotoria do Rio Grande busca investigar a conduta da CEEE em virtude do número de consumidores ainda sem luz no município, passados vários dias do episódio climático. Já na Promotoria de São Lourenço do Sul, o inquérito visa acompanhar a regularização do fornecimento do serviço e verificar se houve falha na prestação de serviço.
Também foram registradas denúncias de consumidores sem energia elétrica em São José do Norte, na mesma região.
Em 13 de julho, um boletim da CEEE confirmou 182 mil pontos com energia interrompida somente em cidades do Sul – 120 mil deles em Pelotas. No litoral Sul, 107 mil ficaram sem luz, incluindo 83 mil apenas em Rio Grande. São Lourenço do Sul teve 19 mil pontos sem energia diante de um total de 82 mil na região Centro-Sul.
Em nota, a CEEE Grupo Equatorial Energia informou que mantém diálogo permanente com o Ministério Público, esclarecendo as informações necessárias relativas à prestação de serviços de distribuição de energia elétrica, incluindo os impactos decorrentes dos últimos ciclones. A companhia também garante que segue à disposição para atender às demandas requeridas relacionadas ao assunto.
A concessionária também informou, no início da tarde, que todas as regiões da área de concessão voltaram a operar com normalidade após o ciclone. A companhia de energia atende tinha apenas pontos isolados sem luz, localizados, sobretudo, na região Sul.
