Após confrontos com cinco mortes, cerco policial na zona Sul da capital já dura mais de 24h

Brigada Militar satura a área para evitar tentativas de atentados entre facções

Foto: Brigada Militar/Divulgação

Prosseguem, há mais de 24 horas, as buscas a um dos suspeitos que se envolveu em um confronto com a Brigada Militar, na tarde dessa quarta-feira, na zona Sul da capital. De acordo com o capitão Ademir Henz, do comando do 1º Batalhão da Brigada Militar, o cerco também busca evitar atentados entre integrantes de facções em uma área de disputa conflagrada pelo controle do tráfico de entorpecentes.

Em dois confrontos, nos bairros Nonoai e Santa Tereza, cinco pessoas foram mortas pelos militares, nessa quarta. O efetivou agiu, justamente, para impedir uma quadrilha de atacar a outra. Parte dos suspeitos vestia fardas da BM.

“Nós continuamos com o foco de tentar achar os foragidos, mas a nossa pretensão maior agora é controlar a área, saturar a área para demonstrar mesmo a presença do Estado, a ostensividade, considerando que houve essa tentativa de organizações criminosas de fazer atentados. E tendo isso em vista, vamos manter o policiamento na área, demonstrar que vai haver consequências, que vamos seguir atuando, o que vai impedi-los de circular livremente e amedrontar as pessoas”, detalhou, em entrevista à reportagem da Rádio Guaíba.

A “saturação” emprega equipes dos batalhões de aviação e de choque, além de tropas especializadas, conforme a BM. Dos cinco suspeitos mortos nessa quarta, três eram adolescentes e quatro tinham antecedentes criminais, conforme as autoridades. Outros quatro foram presos, dois deles em cada confronto.

Conforme apurou a Rádio Guaíba, os nove suspeitos faziam parte da facção oriunda do beco 27, localizado na vila Cruzeiro. Após os confrontos, foram apreendidas duas submetralhadoras calibre 40, oito pistolas calibre 9 mm e dois revólveres calibre 38, 262 munições de calibres variados e cinco conjuntos de farda militar. Ainda foram recolhidas 25 porções de crack e 70 de cocaína.

Protesto

No fim da tarde dessa quarta, moradores locais, em uma manifestação de indignação e protesto contra a atuação policial, atearam fogo em pneus, exigindo justiça em razão das morte dos três adolescentes.