A CEEE Equatorial ainda trabalha para restabelecer a energia elétrica a 8 mil consumidores em cidades atingidas pelo ciclone que atuou no Rio Grande do Sul entre quarta e quinta-feira da semana passada. Sul, litoral Sul e Centro-Sul sofreram as piores avarias na rede. No pico do fenômeno climático, a concessionária chegou a contabilizar 715 mil usuários sem luz.
A companhia garante que segue trabalhando, com mais de 500 equipes, em serviços para a regularização dos casos mais complexos e individuais que seguem aguardando reparo. Há, também, atuação conjunta com as prefeituras e órgãos responsáveis para a regularização de intercorrências que não sejam de responsabilidade direta da CEEE Equatorial, como retirada de árvores e liberação do trânsito.
Veja as regiões e cidades com pontos ainda sem energia:
– Sul: 4 mil (Cidades mais afetadas: Pelotas: 3 mil | Canguçu: 300 clientes | Arroio Grande: 200 clientes | Morro Redondo: 150 clientes | Capão do Leão: 200 clientes)
– Litoral Sul: 2 mil (Cidades mais afetadas: Rio Grande: 1,5 mil | São José do Norte: 500 clientes)
– Centro Sul: 1,7 mil (Cidades mais afetadas: Camaquã: 800 clientes | Cerro Grande do Sul: 200 clientes | São Lourenço do Sul: 200 clientes).
Prefeitos cobraram soluções
Representantes da Associação dos Municípios da Zona Sul (AzonaSul) se reuniram com a CEEE Equatorial em busca de soluções. No encontro, realizado nessa segunda-feira, em Porto Alegre, ficou acertado que, a partir de hoje, mais de 140 equipes trabalharão no reestabelecimento do serviço na região.
O presidente da AzonaSul, prefeito de Chuí Marco Antonio Vasques Barbosa, afirmou que os estragos foram maiores que o previsto. “O que nos preocupa é que estes eventos climáticos vão ocorrer com mais frequência. Alertas foram feitos com antecedência pelos meteorologistas e nos questionamos por que a CEEE Equatorial não se preparou antes. É absurdo as pessoas ficarem uma semana sem luz”, disparou. Em Rio Grande, o vento chegou a 145km/h.
Produtores e comerciantes tiveram alimentos estragados na geladeira. Marco Antonio vai se reunir com as categorias para analisar como proceder. “Não se trata apenas da falta de luz. As perdas foram incalculáveis. Por exemplo, pessoas em Pelotas e Rio Grande, que pescaram camarão na safra passada e que tinham armazenado esse produto para o inverno acabaram perdendo a produção”, lamenta.