Fake Security: criminosos extorquiram R$ 2,5 milhões com serviço de ‘segurança’ em São Leopoldo

Agentes cumpriram sete mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão

Foto: Polícia Civil / Reprodução

A Polícia Civil, através da 2ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, deflagrou a Operação Fake Security,  para investigar crimes de extorsão praticados contra comerciantes e moradores de condomínios residenciais em São Leopoldo, no Vale do Sinos. No município, e nas cidades de Campo Bom e Novo Hamburgo, agentes cumpriram sete mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão.

As investigações iniciaram há oito meses, quando a polícia identificou vítimas que eram extorquidas por traficantes, que cobravam pagamentos mensais em troca de serviços de segurança.

A Polícia Civil suspeita que a quantia movimentada pelos criminosos, desde novembro do ano passado, seja superior a R$ 2,5 milhões.

Durante as diligências, três homens, de 26 (com antecedentes por roubo, tráfico de drogas e homicídio), 28 (receptação, homicídio e tráfico) e 42 anos (homicídio e tráfico de drogas), todos apenados da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), tiveram as prisões temporárias decretadas. O trio foi identificado como responsável pela cobrança dos valores aos comerciantes.

Outras quatro mulheres, de 27, 22, 52 e 26 anos, todas sem antecedentes policiais, também tiveram as prisões temporárias decretadas e são suspeitas de recebimento e transferência do dinheiro arrecadado entre os membros do grupo criminoso.

No endereço da mulher de 22 anos, foram encontrados mais de 3 kg de crack, um tijolo de cocaína, apetrechos para refino e preparo, dezenas de munições calibre 12 e camisetas da Polícia Civil, razão pela qual ela foi autuada em flagrante por tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo.

A ação foi coordenada pelo titular da 2ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, delegado André Serrão. “A operação tem relevância no combate às extorsões perpetradas no município de São Leopoldo, além do escopo de arrecadar o maior número de elementos informativos para subsidiar a continuidade da investigação e levar à efetiva condenação dos suspeitos”, declarou o policial.

A operação contou a participação de 50 agentes da 3ª DPRM da Polícia Civil e do 25° BPM da Brigada Militar.