A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, a Operação Infidele, para apurar a atuação de uma organização criminosa investigada pelos crimes de patrocínio infiel, estelionato e apropriação indébita em reclamatórias trabalhistas. Foram cumpridas nove mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Canoas e Xangri-lá, além do bloqueio de bens e valores, suspensões do exercício de atividade profissional de advogado, proibição de ausentar-se do país e monitoramento por tornozeleira eletrônica.
A investigação teve início a partir uma denúncia da Justiça do Trabalho da capital sobre um escritório de advocacia que estaria atuando em contrariedade ao interesse de um cliente ao induzi-lo, mediante prestação de informações falsas, à celebração de contrato de cessão dos seus créditos judiciais para uma empresa de perícias contábeis.
Diligências realizadas indicam que as fraudes estariam sendo replicadas em inúmeras outras reclamatórias trabalhistas e que o escritório de advocacia e a empresa de perícias contábeis atuariam em cumplicidade contra o interesse financeiro dos clientes.
O nome da operação refere-se ao termo francês “infidèle”, que significa infiel, é uma referência a um dos tipos penais investigados (art. 355 do Código Penal, “Patrocínio infiel”) e em razão das constantes viagens realizadas pelo principal investigado à França.
