Governo segue avaliando estragos causados pelo ciclone; em Rio Grande, uma pessoa morreu

Município de Sede Nova, na região Noroeste do RS, pode ser considerado o que mais sofreu com os efeitos do fenômeno, conforme o governador em exercício, Gabriel Souza

Foto: Guilherme Almeida/CP

Os efeitos da passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul seguem sendo apurados pela Defesa Civil Estadual junto às cidades. Em manifestação no fim da manhã desta quinta-feira, o governador em exercício, Gabriel Souza, confirmou que até o momento houve registro de uma morte devido às tempestades e que as autoridades seguem em alerta máximo pelo risco de novas inundações e enchentes.

A fala ocorreu durante coletiva de imprensa que ocorreu na sede da Defesa Civil, no Centro Histórico de Porto Alegre. Conforme Souza, apesar de o ciclone desta semana não ter sido tão agressivo como o de junho, mais regiões foram atingidas em relação ao evento anterior.

O governo segue em alerta máximo devido à possíveis enchentes e inundações nas próximas horas. Souza recomendou às pessoas que vivem em áreas de risco sair das residências e declarou que novos estragos devem ocorrer até que o ciclone se afaste definitivamente para o mar.

“Nós temos nesse ciclone chuva, com alto índice pluviométrico. Temos vento forte, com rajadas de até 100km por hora, temos granizo e temos em decorrência disso e teremos nas próximas horas e dias, a possibilidade de enchentes em alguns lugares do Estado, o que nos coloca numa situação de alerta alto pelas próximas horas também. Em que pese até o final do dia de hoje o ciclone saia do Rio Grande do Sul, vai deixar um rastro de destruição e consequências”, afirmou.

Na coletiva de imprensa, o chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, o coronel Luciano Chaves Boeira, declarou que as regiões que possuem maior risco de alagamentos incluem os Vales do Caí, Sinos, Taquari e Paranhana.

Um único óbito se confirmou até o momento em decorrência das tempestades, conforme a Defesa Civil. Um idoso perdeu a vida após uma árvore cair sobre a casa dele no bairro Maria dos Anjos, em Rio Grande, no litoral Sul.

Souza avaliou, em declarações à Rádio Guaíba que as medidas preventivas tomadas pela Defesa Civil e outros órgãos estaduais podem ter sido fundamentais para evitar um número maior de mortes. No evento de junho, 16 pessoas faleceram.

“Não há dúvida, nós temos que inclusive registrar isso, apropriadamente. O sistema da Defesa Civil que, nesta ocasião, funcionou muito bem. Os alertas foram emitidos como nos episódios anteriores pela nossa Defesa Civil estadual. Os municípios se organizaram para também fazer o reforço desses alertas e praticar os planos de contingência que já estão disponíveis em boa parte deles, de maneira prática, a fim de poder alertar as pessoas”, falou.

Gabriel Souza também revelou que com os dados coletados junto à Defesa Civil até o final da manhã, o município de Sede Nova, na região Noroeste do RS, pode ser considerado o que mais sofreu com os efeitos do ciclone. Após contato com o prefeito Leandro Cortelli Baungrat, o governador em exercício informou que donativos foram enviados pelo Executivo estadual à cidade, como alimentos e produtos de higiene.

Quanto às escolas, o governo segue avaliando as avarias causadas pelas tempestades nas instituições junto às coordenadorias regionais de educação. As aulas seguem suspensas desde a noite dessa quarta-feira, mas devem ser retomadas nesta sexta.

Gabriel Souza revelou que uma reunião está marcada, entre ele e o secretário da Defesa Civil Nacional, Alexandre Lucas, na tarde desta quinta, para o relato dos danos no Rio Grande do Sul. Após o final dos eventos climáticos, decretos de emergência devem ser acelerados para que possam ser homologados, garantindo que recursos financeiros cheguem às áreas com mais rapidez.