Serviços crescem 0,9% em maio, aponta IBGE

Com o resultado, o setor opera 11,5% acima do patamar pré-pandemia

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Em maio, o volume de serviços prestados no país cresceu 0,9%, após o recuo de 1,5% no mês anterior. Com o resultado, o setor opera 11,5% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco refere-se a fevereiro de 2020, e 2,0% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro do ano passado. No acumulado do ano, houve expansão de 4,8%, enquanto em 12 meses o avanço foi de 6,4%. Quando comparado a maio do ano passado, o volume do setor de serviços cresceu 4,7%, a 27ª taxa positiva seguida no indicador.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Rio Grande do Sul houve crescimento de 2% em igual período. Na análise regional, houve expansão no volume de serviços em 24 unidades da Federação. Mato Grosso (22,5%), Rio de Janeiro (3,4%), Minas Gerais (2,6%), Goiás (5,0%) e Rio Grande do Sul exerceram as maiores influências sobre o resultado geral.

ATIVIDADES

Entre as cinco atividades analisadas pela pesquisa, quatro avançaram em maio. O maior impacto sobre o índice geral veio do setor de transportes, que cresceu 2,2%, recuperando parte da perda de 4,3% registrada em abril. Dentro da atividade, o transporte de cargas avançou 3,7%, alcançando o maior patamar de sua série histórica, iniciada em 2011. Com isso, essa categoria ficou 41,3% acima do nível registrado em fevereiro de 2020. O transporte de passageiros também se expandiu em maio (2,8%), após ter recuado 4,5% no mês anterior.

“Além do espalhamento de taxas positivas pelas atividades, o destaque na expansão dos serviços em maio foi o setor de transportes. Em relação ao tipo de uso, tanto o transporte de cargas quanto o de passageiros avançaram no mês. Já sob a ótica do modal, os principais impactos para o resultado positivo vieram do rodoviário de cargas, do aéreo de passageiros e do aquaviário de cargas. Há dois segmentos que impulsionaram essa última atividade: o de navegação de apoio marítimo e portuário, relacionado a serviços de apoio a plataforma de petróleo, e o transporte marítimo de cabotagem, que é ligado ao transporte de cargas dentro do país”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Depois de transportes, o setor que mais influenciou o resultado geral foi o de serviços prestados às famílias, que havia crescido 1,0% em abril e avançou 1,1% em maio, acumulando ganho de 2,2% no período. “Esse resultado em maio é ligado principalmente aos serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, com destaque para as empresas que fornecem alimentos preparados para outras empresas, como para aviões, presídios e restaurantes universitários”, exemplifica.

Ainda na comparação com abril, o setor de outros serviços, que vinha de duas quedas seguidas, avançou 0,6%. Dentro da atividade, os destaques foram os serviços financeiros auxiliares, influenciados pelo aumento das receitas das corretoras de títulos e valores mobiliários e da administração de bolsas e mercados de balcão organizados. O setor de informação e comunicação (0,2%), que também havia recuado em abril (-1,1%), ficou no campo positivo em maio.

Por outro lado, a única atividade que recuou foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%), que sofreu retração pelo segundo mês consecutivo, acumulando perda de 1,5% no período. “Nesse setor, houve impacto das empresas de intermediação de negócios, de atividades jurídicas e de cobranças e informações cadastrais”, aponta o pesquisador.

COMPARAÇÃO INTERANUAL

O crescimento foi disseminado por todas as cinco atividades analisadas e, entre elas, o principal impacto também veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (7,1%). Entre as maiores influências do resultado positivo da atividade está o crescimento de receita das empresas de transporte rodoviário de cargas e aéreo de passageiros. 

As outras expansões foram registradas pelos setores de informação e comunicação (4,0%), profissionais, administrativos e complementares (3,4%), serviços prestados às famílias (2,8%) e dos outros serviços (0,3%).