Gripe aviária: com 106 aves encontradas mortas, Estação do Taim é parcialmente reaberta

Lagoa Mangueira, onde o ICMBio registrou o único foco oficialmente confirmado de gripe aviária H5N1, vai continuar interditada

Foto: ICMBio/Divulgação

Fechada para o público desde o fim de maio, a Estação Ecológica do Taim, localizada no litoral Sul gaúcho, teve deferido, nesta quarta, um pedido de desinterdição parcial enviado à Gerência Regional do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). O chefe da estação e servidor do órgão, Fernando Weber, informou que a estação ecológica reabriu parcialmente para pesquisa e visitação.

Nessa terça, foram encontrados mortos mais cinco cisnes do pescoço-preto, o que amplia para 106 o número de aves localizadas sem vida desde a segunda quinzena de maio. Mesmo assim, a liberação parcial segue mantida. Já a Lagoa Mangueira, onde o ICMBio registrou o único foco oficialmente confirmado de gripe aviária H5N1, vai continuar interditada.

“Na Lagoa Mangueira teremos apenas o monitoramento, nenhuma outra atividade. No resto da unidade, teremos pesquisas científicas e atividades normais e, na área de entorno, a visitação. O monitoramento segue normal até que nenhuma ave morta seja encontrada no local”, detalhou o servidor, em entrevista à Rádio Guaíba.

Desde que os primeiros registros foram identificados, em países vizinhos da América Latina, as ações de vigilância foram intensificadas em todo o Brasil para evitar a propagação do vírus. No Rio Grande do Sul, equipes do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) reforçaram atividades de fiscalização com uso de drones para monitorar áreas de difícil acesso. Os locais sem possibilidade de aproximação por terra também passaram a contar com auxílio de embarcações da Marinha.

A fiscalização e monitoramento da Estação Ecológica do Taim competem a agentes da Seapi e do ICMBio, órgão federal responsável pela reserva. A recomendação é de que, caso avistem alguma ave morta, moradores façam o contato com o Serviço Veterinário Oficial ou com a Secretaria do Meio Ambiente da região, e não toquem no animal, apenas reportando à unidade certa.