O IBGE divulga daqui a pouco o último IPCA, de junho, antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, marcada para 1 de agosto, isso sem considerar que no próximo dia 25 será conhecido o IPCA-15 referente a julho. Estas duas informações são fundamentais para compor o cenário necessário para a revisão da política monetária de manutenção da taxa de juros nos atuais 13,75% ao ano.
Na projeção dos analistas de mercado, o índice deve ficar perto de zero ou mostrar deflação próxima de 0,1%, principalmente resultado da queda dos preços dos combustíveis e de alimentos. Em 12 meses, a expectativa é de inflação acumulada nos 12 meses de 3,1%, que se confirmada será a mais baixa desde 2021 e inferior a meta de inflação.
O consenso entre os economistas é de que tenha havido queda geral dos preços no mês passado, ou seja, deflação. Em maio, o IPCA subiu 0,23% em relação ao mês anterior, abaixo da estimativa de 0,33% do consenso de mercado, derrubando o acumulado em 12 meses para 3,94%.
Junho marcaria, dessa forma, a primeira deflação mensal desde outubro do ano passado, dando sequência à desaceleração da inflação anualizada, que foi iniciada em agosto do ano passado, exatamente no mesmo mês em que o Copom encerrou o ciclo de aperto monetário ao manter a taxa Selic em 13,75% e nas reuniões seguintes. É para ficar na torcida.