Mais de um mês após a prefeitura de Porto Alegre anunciar a intenção de rescindir o contrato da coleta automatizada de lixo em contêineres, o processo segue indefinido. O consórcio Porto Alegre Limpa, que responde atualmente pelo serviço, apresentou uma defesa prévia e, conforme a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), recebeu, na sexta-feira passada, uma resposta do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
Ainda não há previsão de quando a rescisão deve ser efetivada e se realmente isso vai acontecer. O consórcio, que afirmou ter recebido “com tranquilidade” o retorno da prefeitura, disse que já trabalha em um recurso, com prazo de “até 15 dias úteis para ser enviado formalmente ao poder público”.
De acordo com a pasta de Serviços Urbanos, esse recurso é o último possível. Ainda assim, a fixação de prazos legais dificulta que a situação se resolva ainda em julho.
Em paralelo, segue o processo de contratação emergencial de um novo prestador de serviço. Segundo a Secretaria, as empresas que venceram o edital para assumir um contrato de seis meses de coleta automatizada vêm trabalhando na formalização do consórcio. O grupo vai ter de instalar 6 mil contêineres em 19 bairros da cidade, além de fazer diariamente a mesma rota.
Enquanto isso, a capital segue enfrentando problemas com o lixo. No último fim de semana, contêineres foram vandalizados, conforme registro do consórcio Porto Alegre Limpa. Na avenida São Pedro, no bairro São João, um equipamento incendiou e outro teve a tampa furtada.
Também foram relatados atos de vandalismo na rua Mostardeiro, onde contêineres foram derrubados sobre as calçadas e, na avenida Benjamin Constant, onde as unidades tiveram a tampa retirada – o que já vinha ocorrendo, com frequência, na região próxima do Centro Histórico.
O consórcio garante ter registrado Boletins de Ocorrência e estar analisando imagens para tentar identificar os autores.
