Gripe aviária: Estação Ecológica do Taim deve ser parcialmente reaberta

Unidade local do ICMBio aguarda autorização para medida. Interdição fica mantida somente na Lagoa Mangueira

Lagoa Mangueira, local de foco de H5N1, vai continuar interditada. Foto: ICMBio/Divulgação

Após 40 dias de interdição total e monitoramento diário em razão de um foco de gripe aviária, a Estação Ecológica do Taim, no litoral Sul gaúcho, se prepara para reabrir parte do local para pesquisas e visitações. Conforme informou, nesta segunda-feira, o chefe da estação e servidor do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Fernando Weber, desde 28 de junho não foram mais encontradas aves mortas, nem moribundas, com sintomas do vírus H5N1.

Em pouco mais de um mês de monitoramento, o total de aves mortas localizadas chegou a 102. “Hoje estamos deliberando pela interdição parcial da Estação Ecológica do Taim, somente o ponto onde foram encontradas aves H5N1, a Lagoa Mangueira, vai continuar interditada. O restante da unidade vai ser reaberto para pesquisa e visitação novamente. Foi enviado um ofício para a Gerência Regional e estamos aguardando a aprovação. Assim que aprovado, nós vamos comunicar aos pesquisadores”, afirmou.

Ainda segundo Weber, até o dia 17 o monitoramento vai ser diário. Após, deve ser realizado duas ou três vezes na semana, dependendo da localização de aves mortas ou com sintomas de gripe aviária no local. A reserva fica entre os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.

Desde que os primeiros registros foram identificados, em países vizinhos da América Latina, as ações de vigilância foram intensificadas em todo o Brasil para evitar a propagação do vírus. No Rio Grande do Sul, equipes do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) reforçaram atividades de fiscalização com uso de drones para monitorar áreas de difícil acesso. Os locais sem possibilidade de aproximação por terra também passaram a contar com auxílio de embarcações da Marinha.

A fiscalização e monitoramento da Estação Ecológica do Taim competem a agentes da Seapi e do ICMBio, órgão federal responsável pela reserva. A recomendação é de que, caso avistem alguma ave morta, moradores façam o contato com o Serviço Veterinário Oficial ou com a Secretaria do Meio Ambiente da região, e não toquem no animal, apenas reportando à unidade certa.