Corregedoria da Polícia pediu arquivamento de investigação contra Leonel Radde, confirma advogado

Deputado estadual foi denunciado pela ex-companheira por um suposto caso de violência doméstica

Leonel Radde. Foto: Débora Beina / ALRS / Reprodução

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol) sugeriu o arquivamento da investigação contra o deputado estadual Leonel Radde (PT), denunciado em um suposto caso de violência doméstica pela ex-companheira dele, Giane Alves Santos. A informação foi confirmada pela defesa do petista, nesta segunda-feira, à Rádio Guaíba.

Ainda segundo o advogado Eduardo Amorim de Mattos, a investigação corroborou a versão do político, registrada em um boletim de ocorrência em abril, em que ele alega ser alvo de denúncia caluniosa e extorsão. Segundo o depoimento do deputado, a mulher havia pedido, ainda em março deste ano, R$ 100 mil para sair de casa e ameaçou acusá-lo de violência doméstica porque ele entrou com pedido judicial de separação.

Mattos também confirmou que a conclusão da Cogepol vai ser analisada pelo Ministério Público. Além de parlamentar, explica o advogado, Radde também é policial civil, razão pela qual o caso vinha sendo conduzido pelo órgão.

Entenda o caso

Em boletim de ocorrência registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Porto Alegre, a ex-companheira de Radde o acusa de agressão, supostamente ocorrida em início de abril. Além do registro, a mulher também solicitou e recebeu medida protetiva de urgência, que permanece em vigor, contra o parlamentar.

Conforme apurou Rádio Guaíba, às 02h59min do dia 8 de abril, data das supostas agressões, a ex-companheira do deputado realizou postagens de Instagram denunciando abusos contra mulheres, sem identificar o alvo da crítica. Nos stories, ela escreveu: ‘Quando tu vê uma mulher sendo desrespeitada e coagida dentro do seu próprio lar, tu é tão conivente quanto!’. Na sequência, ela compartilhou uma frase do arcebispo Desmond Tutu: ‘Se você fica neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor’.

A discussão teria acontecido durante uma confraternização na casa onde os dois ainda viviam, embora não mais como um casal. No boletim de ocorrência, a ex-companheira de Radde sustenta que ele a agarrou pelos pulsos e a jogou contra a parede.

Leia na íntegra a nota da defesa do deputado:

A assessoria jurídica do deputado Leonel Radde informa que o parlamentar encontra-se impedido de manifestar-se sobre a pauta em questão devido à ordem judicial ainda em vigor. Informa, outrossim, que o inquérito policial trouxe de maneira cabal a verdade dos fatos e que a partir daí todas as medidas cabíveis serão tomadas.

Eduardo Amorim de Mattos