Ranolfo toma posse como vice do BRDE destacando foco em irrigação e tecnologia

Em 2024, ex-governador assume a presidência do órgão

Foto: Ricardo Giusti/CP

O ex-governador gaúcho Ranolfo Vieira Júnior tomou posse, nesta quinta-feira, no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Ele assume, agora, a vice-presidência e direção de Operações, devendo passar à presidência em 2024, conforme o sistema de rodízio entre os estados existente no órgão.

“Quero contribuir para que, cada vez mais, esse banco se torne realidade e contribua efetivamente para o desenvolvimento não só do nosso Rio Grande, mas de todo o sul do País”, disse o ex-governador, ao discursar.

Indicado pelo governador Eduardo Leite, Ranolfo teve o nome aprovado pelo Banco Central duas semanas atrás. Desde então, já vem atuando internamente junto às áreas técnicas do BRDE.

Leite prestigiou a cerimônia e elogiou Ranolfo e o BRDE. “O banco é forte, importante, relevante para o desenvolvimento e quem assume tem, também, igual trajetória com força, com relevância”, avaliou o governador. Outras autoridades públicas e líderes de entidades empresariais também acompanharam a posse.

Como prioridade de gestão, Ranolfo destacou a tecnologia e a irrigação, ainda que acredite que o Estado não vá enfrentar estiagem neste ano. “É uma coisa que está sempre presente no cenário… Então acho que, sim, o banco tem que contribuir com o agro na questão da reservação da água e das medidas de irrigação”, disse.

Reforma Tributária

O atual presidente do BRDE, João Paulo Kleinübing, representante de Santa Catarina, discursou no evento e pautou uma revisão da tributação atual. “Não é razoável que bancos de desenvolvimento sejam tributados como os demais”, avaliou. Segundo ele, até maio, o BRDE pagou, em impostos, cerca de R$ 200 milhões.

Ranolfo concordou que o tema precisa ser trabalhado. “Vamos colocar todo o nosso olhar político e funcional nessa questão”, garantiu o vice-presidente empossado. Ele lembrou, porém, que o tema não consta no texto da reforma e nem deve ser pautado agora, para não “atrapalhar” as discussões. “Vai ter o momento adequado que, na nossa ótica, não é o de hoje”, disse Ranolfo.