A MetSul Meteorologia alerta que dois episódios de chuva intensa e tempestades atingirão o Sul do Brasil, em apenas cinco dias, a partir desta sexta-feira. A Defesa Civil solicita que os gaúchos fiquem atentos aos alertas do órgão, já enviados às regiões Oeste, Centro e Leste do Rio Grande do Sul.
O chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Luciano Boeira, reforça as orientações. “Àquelas pessoas que residem em áreas de risco, a nossa orientação é que, durante a vigência desses alertas, busquem um local seguro, vão para a casa de algum amigo, algum familiar ou mesmo a um dos abrigos oferecidos pela Defesa Civil do município. E aquele cidadão que não reside em área de risco, que evite sair durante a vigência do alerta, porque ele vai estar preservando a sua vida e a vida dos seus familiares”, menciona o coronel.
As informações serão atualizadas nos sites e redes sociais do governo do Estado e da Defesa Civil. O órgão ressalta, contudo, a importância de que o cidadão faça o cadastro para receber alertas da Defesa Civil, enviando o CEP para o SMS 40199.
Conforme a MetSul Meteorologia, o risco de temporais e possíveis inundações é válido para os três estados da região, mas o perigo de chuva excessiva com volumes muito expressivos é maior para o Rio Grande do Sul. A instabilidade vai se dar em dois momentos: entre sexta e o começo do sábado, e entre segunda e quarta-feira da próxima semana. Serão duas situações distintas de tempo severo, mas ambas trarão condições de risco de temporais e chuva excessiva.
Nenhuma delas se assemelha ao cenário dos dias 15 e 16 de junho, quando uma baixa pressão avançou do Sudeste para a costa do Rio Grande do Sul, gerando um ciclone extratropical muito perto da costa, o que levou a um evento de precipitação extrema.
Embora ofereçam significativos riscos para a população por excesso de chuva e tempestades que, localmente, podem ser severas, os dois eventos previstos terão baixas pressões que se movimentarão de Oeste para Leste, o normal na região, e não como no evento de junho em que o sistema migrou em direção à costa, antes de afastar para mar aberto.
Os fenômenos ocorrem menos de um mês após o ciclone de junho deixar 16 mortos e tirarm mais de 17 mil pessoas de casa. Conforme a Defesa Civil Estadual, mais de 400 ainda não retornaram.
De acordo com o coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira, subchefe do órgão, a atenção deve ser redobrada em municípios do litoral Norte, Serra e a região dos Vales, já afetados no mês passado. Para os próximos dias, a Defesa Civil gaúcha disse ter mobilizado forças de apoio, como o Corpo de Bombeiros e a Brigada Militar, e aconselhado os municípios a fortalecerem os planos de contingência e a comunicação com moradores de locais de risco.
Oliveira adiantou que, desde o ciclone do mês passado, 30 mil números novos cadastraram o CEP para receber alertas via SMS.
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