Após uma semana de negociações intensas, os deputados federais começaram a discutir o texto da reforma tributária em plenário, nesta quarta-feira. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa dos votos favoráveis de 308 dos 513 deputados, em dois turnos. A previsão é que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), paute a votação do primeiro turno para esta quinta.
As articulações em torno da aprovação das pautas econômicas, que incluem o projeto da volta do voto de qualidade do Conselho Administrativo da Receita Federal (Carf), movimentou a Câmara desde o começo da semana. Governadores e prefeitos estiveram na Casa para negociar de perto as mudanças ao texto.
Lira afirmou que o momento é “de diálogo e de acolhermos as sugestões de governadores, prefeitos e da sociedade”, na tentativa de chegar a um texto de consenso. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também esteve na Câmara para negociar apoio à proposta. Segundo ele, o apoio à reforma depende da composição e dos critérios de gestão do Conselho Federativo (novo órgão previsto na proposta) e de outros ajustes técnicos, além de sugestões ligadas ao agronegócio.
Em meio ao conflito político, o governo federal liberou R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares nesta terça. Paralelamente à autorização dos recursos, o R7 apurou que deputados participaram de reuniões nos ministérios para a negociação de cargos na Esplanada.