Após sete anos sem ocorrer na região Sul, a Operação Conjunta Ágata Sul, coordenada pelo Ministério da Defesa, combate crimes transfronteiriços e ambientais, desde o sábado passado, nos três estados do Sul. Cerca de quatro mil pessoas se unem à ofensiva, sem data para acabar. Até a manhã desta terça, em três dias de trabalho, mais de quatro mil revistas foram efetuadas, além de apreensões de armas, veículos e entorpecentes.
Na manhã desta terça, forças de segurança interceptaram um avião de pequeno porte, trafegando sem autorização e plano de voo, no Oeste do Paraná. Os tripulantes incendiaram a aeronave após o pouso, em local de emergência.
Neste ano, de forma inédita, os exércitos do Paraguai e Uruguai também compõem a operação. O chefe do Estado Maior Conjunto, almirante Cláudio Eduardo Silva Dias, ressaltou a aceitação por parte dos outros países.
“Isso é uma coisa interessante [a integração entre países], é uma novidade em operações de faixa de fronteira. O Brasil buscou essa integração e houve uma boa aceitação por parte do Paraguai e do Uruguai. A mesma operação realizada na nossa fronteira está sendo efetuada também nesses dois países, nas respectivas faixas de fronteira”, explica.
Compõem a operação Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Abin, Ibama, Anvisa, ICMBio, Anatel, secretarias de Segurança Pública, incluindo polícias militares, polícias civis e bombeiros, secretarias de Agricultura, e outros órgãos de fiscalização das três esferas de governo. O Centro de Coordenação de Operações fica no Comando Militar do Sul, em Porto Alegre.
Conforme a Constituição Federal do Brasil, a faixa de até 150 km de largura ao longo das fronteiras terrestres, considerada fundamental para a defesa do território nacional, deve ser alvo de operações de segurança, a cargo das Forças Armadas.