A Americanas perdeu quase 10% dos seus clientes entre dezembro de 2022 e maio de 2023, passando de 49,1 milhões para 44,2 milhões, e fechou 43 lojas entre janeiro e 18 de junho, chegando a 1.837 unidades no país, um recuo de 2,3% no período. As informações constam de um relatório divulgado pelos administradores judiciais da varejista, a Preserva-Ação Administração Judicial e o Escritório de Advocacia Zveiter.
Os dados mostram ainda que o número de funcionários da varejista saiu de 40.426 em 13 de março para 36.971 em 18 de junho, uma queda de 3.455 colaboradores, ou o equivalente a 8,5%. Em junho de 2022, o prazo médio de pagamento aos fornecedores era de 97 dias, e alcançou 122 dias em dezembro. Porém, desabou para apenas quatro dias em maio de 2023.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Ao final de maio, a Americanas contava com um caixa disponível no valor de R$ 1,1 bilhão, uma queda de 48,4% em relação aos R$ 2,2 bilhões em dezembro do ano passado. O relatório indica também que o total investido pela Americanas em suas operações em maio de 2023 foi de aproximadamente R$ 4,7 milhões, valor 95% menor do que a média de investimentos realizados entre junho de dezembro de 2022.
A Americanas entrou em recuperação judicial no dia 19 de janeiro, com dívidas da ordem de R$ 43 bilhões com 16,3 mil credores. O pedido de recuperação judicial aconteceu uma semana após o ex-presidente da empresa Sergio Rial assinar um comunicado em que revelava a existência de R$ 20 bilhões em “inconsistência contábeis” no balanço da varejista.
Em fato relevante divulgado no início de abril, a empresa afirma que em proposta apresentada aos credores financeiros indica um aumento de capital de curto prazo, em dinheiro, no valor de R$ 10 bilhões, acompanhado de dois aumentos de capital adicionais de até R$ 1 bilhão cada um, em datas futuras a serem acordadas.