Semana econômica de olho no desenrolar político

Investidores ficam de olho no desenrolar do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária

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Os primeiros dias envolvendo do segundo semestre de 2023 na economia vão se misturar com o campo político. Os investidores e os analistas do mercado financeiro vão ficar atentos o desenrolar do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados depois da aprovação no Senado. Em paralelo, seguem as discussões sobre a proposta de Reforma Tributária.

A última versão do arcabouço incluiu algumas alterações, como a exclusão do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) do teto de gastos.

Já com relação à Reforma Tributária, o texto apresentado pelo relator Aguinaldo Ribeiro unifica três tributos federais (PIS, COFINS, IPI), um estadual e um municipal (ICMS e ISS, respectivamente) em um IVA (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) denominado IBS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Na terça-feira, 4, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado realiza audiências de confirmação dos novos diretores do Banco Central – Gabriel Galípolo, para o Departamento de Política Monetária e Ailton Aquino, para o Departamento de Fiscalização.

INDICADORES

Afora as questões que envolvem a política, a sexta-feira, 7, reserva a divulgação do IGP-DI de junho, onde as projeções dos analistas apontam para queda mensal de 1,10%, levando a taxa anualizada para -7,1%, de -5,5% em maio. Antes disso, a produção Industrial de maio será divulgada na terça-feira, 4, cujas projeções remetem para um avanço mensal de 0,3% e de 1,1% em bases anuais.

A semana também vai trazer dados da indústria automotiva, depois do programa de incentivo do governo Federal. Na sexta-feira, 7, serão divulgados os números de produção e exportação da Anfavea, referentes a junho. Também está prevista a divulgação de emplacamentos, pela Fenabrave.

Há uma grande expectativa quanto à balança comercial de junho, que será divulgada já nesta segunda-feira, 3. O mercado projeta um superávit de US$ 9,3 bilhões, abaixo do superávit de US$ 11,4 bilhões de maio e um pouco acima do superávit de US$ 8,9 bilhões de junho de 2022. Com isso, o superávit comercial em 12 meses deve chegar a US$ 71,9 bilhões (de US$ 61,5 bilhões em 2022).

MERCADO NORTE-AMERICANO

Nos Estados Unidos a semana vai ser mais curta, com as Bolsas fechando mais cedo nesta segunda-feira, 3, em função do feriado da Independência, na terça, 4, e só reabrem na quarta. E será justamente neste dia que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) divulga a ata da última reunião em que o comitê interrompeu o ciclo de alta de juros. A exemplo do documento do Copom, do Banco Central brasileiro, o mercado tentará interpretar detalhes sobre a percepção do colegiado a respeito dos núcleos de inflação.