O impacto das taxas de juros nos custos de produção foi destacado pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, ao analisar o Plano Safra 2023/2024 anunciado pelo governo federal. As taxas para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp e de 12% ao ano para os demais produtores. Os recursos disponibilizados para apoiar a produção agropecuária de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024 chegam a R$ 364,22 bilhões, aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior.
Conforme Velho, o Plano Safra traz praticamente uma manutenção das taxas de juros, embora tenham algumas reduções, “como no caso de projetos de produtores que têm alguma questão de sustentabilidade ou também que envolvam a área ambiental”. O dirigente destaca, no entanto, que há um aumento da taxa percentual referente aos juros livres. “Isto traz preocupação em função de que nós temos um custo de produção cada vez maior”, observa.
O presidente da Federarroz ressalta que, no caso do arroz, os custos aumentaram 60% nos últimos dois anos. “Portanto, as taxas de juros de financiamento têm um impacto importante dentro do custo de produção”, enfatiza, colocando que a entidade vai buscar melhores esclarecimentos em relação a alguns detalhes do Plano Safra 2023/2024 para fazer uma análise mais detalhada.