Em Porto Alegre, PL gaúcho reforça defesa de Bolsonaro e críticas a Lula

Cherini chamou o ex-presidente como "melhor cabelo eleitoral, cassado ou não"

Foto: Rafael Renkovski/ Especial

Na data em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2030, o Partido Liberal do Rio Grande do Sul realizou encontro regional na Câmara de Porto Alegre, pautando as eleições municipais de 2024.

Entre os temas do evento, além do objetivos partidários para o próximo ano, destacaram-se a defesa de Bolsonaro e discursos direcionados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpre agenda na capital.

Presidente estadual do PL e deputado federal, Giovani Cherini falou das expectativas sobre o desempenho da sigla nas próximas eleições no RS, afirmando que “o partido não vai investir em ‘pangaré'”. Sobre o ex-presidente, Cherini o caracterizou como “o melhor cabo eleitoral da história, cassado ou não cassado”, complementado por Bibo Nunes, deputado federal, que exclamou que “Bolsonaro será presidente em 2026”, apesar da decisão da Corte nesta tarde.

Cherini ainda elogiou o trabalho do atual vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes (PL), presente no encontro. “Não precisamos apenas de quantidade, mas também de qualidade. Você nos representa”, disse.

No plenário, todos os políticos presentes questionaram a decisão do TSE. “Nós vivenciamos um momento em que a ditadura da toga conseguiu dar mais um passo no nosso país, tornando Bolsonaro inelegível. Nessa eleição, nós não podemos nos abaixar pelo que aconteceu hoje”, reforçou o deputado federal Marcelo Moraes.

“A vinda de Lula ao Estado é uma afronta, um deboche ao povo gaúcho. Ele (Lula) já sabia do resultado da inelegibilidade, ele veio aqui nos afrontar”, falou a deputada estadual Adriana Lara, que definiu como “farinha do mesmo saco” a presença do governador Eduardo Leite (PSDB) na agenda do presidente.

“Reuniões partidárias costumam ser enérgicas, animadas. Talvez essa também fosse, se não vivêssemos um momento tão revelador da gravidade do que se passa no Brasil”, disse Ricardo Gomes.