O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou um pedido feito do ex-deputado Deltan Dallagnol para retornar, imediatamente, ao cargo na Câmara. O ex-procurador da Lava Jato teve o mandato cassado por unanimidade, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 16 de maio. Segundo a Corte, Dallagnol antecipou a saída do Ministério Público Federal (MPF) para evitar eventuais procedimentos administrativos disciplinares e, assim, contornar a Lei da Ficha Limpa.
Toffoli avaliou não ter sido constatado fato ou tese que justifique a suspensão dos efeitos da decisão do TSE porque, nas informações prestadas pelo corregedor-geral Eleitoral, consta que o ex-parlamentar teve o registro cassado mediante análise dos fatos e fundamentos que atraíram a incidência da hipótese de inelegibilidade.
Em 2 de outubro de 2022, o então candidato Deltan Dallagnol havia sido eleito deputado federal com 344 mil votos – o maior volume de eleitores do ano, entre os demais concorrentes no Paraná, e a segunda maior votação da história local para o cargo.