Os pedidos de recuperação judicial cresceram 105,2% em maio de 2023, comparado ao mesmo mês do ano passado. Os dados são do Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian e mostram, ainda, que as Micro e pequenas Empresas (MPEs) são as mais afetadas, com 68 requerimentos, ante 36 em maio de 2022.
Para o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas (PME) da Serasa Experian, Cleber Genero, “para que possamos mudar a realidade das MPEs, que são as locomotivas da economia brasileira, precisamos investir em uma política de educação financeira, a fim de mostrar que existem formas de aumentar a longevidade e a saúde dos negócios no país”. Uma das dicas, segundo o executivo, é monitorar sempre o Score de crédito da empresa por meio da ferramenta “Saúde do Seu Negócio” de forma gratuita, além de investir em recuperação de crédito com os clientes e renegociação de dívidas com os fornecedores.
Ainda segundo o Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian, a visão por setores mostra que “Serviços” registrou a maioria das requisições e “Primário” o que menos demandou por recuperação judicial. Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “há uma dificuldade das empresas em manterem as contas em dia e isso inclui renegociar com os credores, algo que impacta diretamente na sobrevivência dos negócios. A desaceleração econômica também é sentido na dificuldade de geração de caixa das empresas e faz com que seja necessária uma atenção maior na sua gestão”.
Em maio, os pedidos de falência também registraram crescimento em relação ao mesmo período de 2022 (61,3%). O total foi de 121 requisições, cuja maioria (73) foram demandadas pelas Micro e Pequenas Empresas, seguidas pelas Médias Empresas (25) e, então, as Grande Empresas (23). No recorte de falências por segmentos, a maior parte foi das empresas de “Serviços” (54), depois “Comércio” (39) e “Indústria” (28) por fim.