Indústria registra confiança em 17 dos 29 setores analisados em junho, aponta CNI

Exceção é a região Sul, que mantém o índice abaixo dos 50 pontos, em 47,6 pontos

Crédito: José Paulo Lacerda/CNI

A indústria brasileira encerra o primeiro semestre de 2023 com mais setores confiantes do que com falta de confiança. Entre os 29 setores industriais pesquisados, 17 estão confiantes. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário Industrial – resultados setoriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre as regiões, a exceção é a região Sul, que mantém o índice abaixo dos 50 pontos, em 47,6 pontos, mesmo após alta de 1,1 ponto na passagem de maio para junho.

Na avaliação do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o cenário é mais otimista do que em maio. Em junho, houve avanço da confiança em 22 de 29 setores da indústria, em todos os portes de empresa e em todas as regiões do Brasil. Com o avanço, seis setores da indústria fizeram uma transição da falta de confiança para a confiança: Bebidas, Alimentos, Têxteis, Produtos de material plástico, Celulose e papel e Impressão e reprodução.

“Essa recuperação é resultado de uma melhora tanto da avaliação das condições atuais quanto das expectativas para os próximos seis meses na maioria dos setores, em todos os portes de empresa e em todas as regiões”, explica Marcelo Azevedo. Os setores mais confiantes são: Extração de minerais não-metálicos, Perfumaria, limpeza e higiene pessoal, Farmoquímicos e farmacêuticos e Biocombustíveis.

QUEDAS

Mesmo assim, a confiança caiu em seis setores: Produtos químicos (exceto perfumaria e limpeza), Vestuário e acessórios, Calçados e suas partes, Máquinas e equipamentos, Metalurgia e Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos. O ICEI varia de 0 a 100 pontos, valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e abaixo indicam falta de confiança do empresário.

O setor de Vestuário e acessórios passou de 48,9 pontos em maio para 48,6 pontos. Em junho de 2022, o ICEI desse setor era 60,7 pontos. O ICEI de Calçados e suas partes caiu de 49,5 pontos para 49,1 pontos; Produtos químicos (exceto perfumaria e limpeza) passou de 48,6 para 48,5 pontos; Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos estava em 47,5 pontos em maio e ficou em 46 pontos em junho; e Máquinas e equipamentos caiu de 48,9 pontos para 48,3 pontos. Caiu também a confiança do setor de Metalurgia, de 52,1 para 51,1 pontos.

A confiança avançou em todos os portes de empresas industriais (pequenas, médias e grandes), sendo o maior avanço o das médias empresas, de 2,2 pontos. O resultado eleva o índice de confiança das médias empresas para 50,6 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, o que indica uma transição da falta de confiança para confiança entre maio e junho. O ICEI das pequenas empresas passou de 47,6 pontos em maio para 49,3 pontos em junho. Subiu, mas segue mostrando falta de confiança do empresário.