A debandada de investidores na privatização da Eletrobras tem se elevado. De um total de 370 mil pessoas que investiram R$ 6 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na desestatização da maior companhia de energia da América Latina há pouco mais de um ano, 11%, o equivalente a 40 mil investidores, migraram para outros fundos com uma carteira mais diversificada de ações.
As ações da Eletrobras recuaram quase 4,5% desde a privatização em 2022, que precificou os papéis à época em R$ 42, comparado com a cotação no encerramento das operações da última na sexta-feira, 23, de R$ 40,08. Analistas tem justificado este cenário pelo aumento do nível dos reservatórios, o que reduz o preço da energia, e as tentativas de aumento da influência do governo na empresa.
Os Fundo Mútuo de Privatização (FMP) Carteira foram criados para receber os investidores que querem sair dos FMP Eletrobras que têm apenas ações da empresa de energia. Para quem migrou para os FMP Carteira Livre, ou para os que permaneceram nos fundos de Eletrobras, o saque segue as mesmas regras que o resgate do FGTS, como aposentadoria, aquisição de imóvel ou demissão. Além disso, o poupador também tem a opção de migrar o dinheiro investido na Eletrobras de volta para o FGTS.